Placenta: o que podemos fazer com ela após o parto

O que fazer com a placenta após o nascimento do bebê? Muitas mamães querem guardar esse órgão que foi tão importante durante a gestação de alguma forma, seja ela encapsulada, em forma de quadro ou até adubo para plantas. Vamos falar sobre as diferentes formas de usar a placenta após o nascimento do bebê.

O que é a placenta e qual a sua função?

A placenta é um órgão feito de células do espermatozoide e do óvulo fecundado. Após a fecundação do óvulo ela é formada, isso acontece uma semana depois que o embrião é implantado no útero, ou seja, na fecundação. A função principal dela é permitir a ligação entre o bebê e a mãe através de partículas e ao mesmo tempo ela protege o bebê de todas as possibilidades de um desenvolvimento inadequado.

O crescimento dela acontece ao longo da gravidez e pode medir no final da gestação entre 15 e 20 centímetros de diâmetro e o seu peso varia entre 450 e 550 gramas sem contar o cordão umbilical.

As funções básicas da placenta são:

  1. Transportar oxigênio que vem do sangue da mãe para o feto, assim como o dióxido de carbono do feto para a mãe.
  2. Ela leva ao bebê nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento.
  3. Ela desenvolve a função do fígado enquanto o bebê ainda não possuir esse órgão, transformando algumas substâncias antes que elas cheguem ao bebê regulando também a glicemia
  4. Para que a gestação evolua são indispensáveis os hormônios femininos como os estrogênios e progesterona e a placenta também tem a função de gerar esses hormônios.
  5. Ela filtra resíduos para a corrente sanguínea da mãe para serem eliminados através dos rins.
  6. Por fim, ela transmite anticorpos vindos da gestante para gerar imunidade para o bebê e assim.
  7. Prevenir determinadas doenças infecciosas.

Durante todo o processo gestacional a placenta faz todas as funções do metabolismo humano, ela é a fonte de vida para o bebê. Ela e a comunicação entre o bebê e a mãe, que coisa mais linda de saber, não é mesmo? E é por isso que muitas mamães querem de alguma forma guardar esse órgão com ela, para sempre lembrar da importância dele na vida do seu filho.

Logo após o parto, é muito comum que esse órgão seja descartado, principalmente em hospitais, mas vamos falar sobre o que você pode fazer caso opte por não descartar esse órgão.

Quais as formas de guardar a placenta?

Primeiramente avise o seu obstetra e a equipe médica que vai te assistir no parto (enfermeiros, médicos e doula) que você tem interesse em guardar a sua placenta para que eles possam preparar o recipiente que será armazenada a placenta.  Esse recipiente pode ser um pote esterilizado e limpo com álcool 70% ou até mesmo em um saquinho com a identificação necessária. Importante saber que o recipiente deve estar limpo, porém não pode ter nenhum produto químico e nem conservantes como: formol, soro entre outros.

A placenta deverá ser congelada e armazenada nas primeiras horas. Assim que for retirada do corpo da mãe ela deve ir para a geladeira em até 8h e após isso ser congelada em no máximo 72h.

Carimbo com a placenta

Muitas mamães optam por fazer um carimbo com placenta para emoldurar e ter um lindo quadro com o desenho de sua placenta. Para fazer isto a mamãe pode fazer em casa com algumas técnicas que vamos explicar ou pedir alguém que já tenha costume de fazer esse serviço como doulas e enfermeiras.

Se optar por fazer em casa sozinha você vai precisar dos seguintes objetos:

  •  Papel de aquarela
  •  Luvas descartáveis
  • Tinta à base de água
  • Placenta fresca

Confira o passo a passo

Em uma superfície lisa coloque a placenta como você gostaria que ficasse carimbada. Se você for usar o próprio sangue da placenta para fazer o carimbo, coloque o papel por cima dela cuidadosamente, caso opte por colorir, passe a tinta antes e depois coloque o papel em cima dela e retire ele com muito cuidado para que o carimbo fique certinho.

Dicas para que seu carimbo fique bem feito e bonito 

Procure usar o próprio sangue na placenta que possui bastante, pois assim a possibilidade de errar é menor e você poderá fazer várias vezes até acertar, após o sangue esgotar aí sim você utiliza as tintas.

Dicas para que seu carimbo fique bem feito e bonito 

– Procure usar o próprio sangue na placenta que possui bastante, pois assim a possibilidade de errar é menor e você poderá fazer várias vezes até acertar, após o sangue esgotar aí sim você utiliza as tintas.

– Fique tranquila se de primeira não conseguir o resultado desejado

– Algumas pessoas colocam cor no fundo do papel antes de carimbar a placenta

– Uma dica legal é colocar jornal ou toalha embaixo do papel, assim a sujeira fica menor

– Utilize papéis de desenho leves sem ser grossos tipo cartolina, pois os finos pegam melhor a tinta.

Usando a placenta como adubo 

Sim, isso mesmo, a placenta pode servir de adubo para plantas e muitas pessoas levam esse ritual de plantar a placenta muito a sério.

Você pode se preparar psicologicamente para esse momento e participar juntamente com o seu filho e marido, ou simplesmente sozinha pensando e refletindo sobre o momento em que seu filho era nutrido e recebia tudo que precisava através dela.

Algumas pessoas fazem o ritual de ouvir músicas, além de plantar a placenta junto com ervas e plantas medicinais.

Para quem simplesmente vai plantar para que a placenta vire adubo e floresça, cave uma cova e coloque sua placenta ali.

Muitas mamães aguardam o período de 1 a 2 anos para plantar a placenta, pois desejam fazer isso junto com o seu filho. Ela precisa estar congelada!

Para descongelar use o processo natural, retire ela do congelador e deixe que ela descongele sozinha.

Comer a placenta na hora do parto 

Isso é uma prática dos animais mamíferos que comem este órgão logo após o nascimento dos seus filhotes, somente os humanos não se alimentam da placenta após o parto.

Em alguns países muitas mulheres começaram a ter essa prática, que é chamada de placentofagia, pois acreditam que existem muitos benefícios em ingerir esse órgão.

Vale ressaltar que não existe comprovação científica que dê fato exista benefícios, mas a maioria das mulheres que consumiram de alguma forma a placenta relatam benefícios e melhorias como: puerpério sem muitas alterações hormonais, menor sangramento e uma recuperação muito boa no pós-parto, além de melhor produção de leite assim.

Quais as formas de ingerir a placenta 

Algumas mulheres o fazem na hora do parto, já outras preferem encapsular ou tomar em forma de suco ou vitamina.

Placenta encapsulada 

Esse processo pode ser feito de forma artesanal, aqui no Brasil é feito por doulas ou locais de parto humanizado, já que ainda não temos regulamentação para essa técnica em nosso país.

Existem duas formas de encapsular a placenta, o método cru onde ela é triturada e desidratada e colocada em cápsulas logo após o parto. Tem também o método tradicional onde ela é cozida no vapor, fatiada, desidratada e triturada até virar pó, após esse processo ela é colocada em cápsulas e deve ser tomada pela mãe aos poucos.

Seja como for, aproveite esse momento!

A placenta é um órgão muito importante na vida da mãe e do filho durante a gestação, desta forma as mamães gostam de guardar esse momento para a vida.

Algumas mulheres preferem fazer um lindo carimbo, emoldurar e ter exposto em algum cantinho da casa, já outras preferem ver a placenta sendo florida usada como adubo.

E tem aquelas mamães que acreditam nos benefícios de ingerir a placenta, mesmo não sendo comprovado cientificamente, muitas mamães acreditam nos benefícios proporcionados por este órgão.

E você, o que fez ou pretende fazer com a sua placenta?

Descartar? Comer ou emoldurar?