Pegamos Covid-19 com uma bebê em casa

Os 10 dias mais longos das nossas vidas e também o que mais aprendemos.

Hoje estamos completando os 10 dias de quarentena porque pegamos a Covid-19. Nos primeiros sintomas ficamos bem apreensivos de como seria a relação da casa com essa novidade.

Os primeiros sintomas vieram da Joana com diarreia e vômito, depois foi Gabriel com os mesmos sintomas e febre e por último eu, com dores no corpo, febre, dor de cabeça e uma moleza sem fim.

Fomos fazer o teste e como já imaginávamos veio o positivo para a Covid-19. Um misto de preocupação com um “eu me cuido tanto, como fui pegar Covid-19?” Enfim, não temos como saber como pegamos, mas podemos falar como passamos por essa quarentena e contar a experiência da nossa casa.

Meus sintomas

Mãe não tem muita vez nessa vida e foi tão difícil conciliar a maternidade com o corpo doente. A Joana ainda mama no peito e isso era o que mais dificultava.

Os primeiros 5 dias foram os piores, eu sentia meu corpo todo doer, minha cabeça parecia que ia explodir e além disso, eu sentia uma tontura e um cansaço que nunca imaginei sentir. Parecia reação da vacina, para quem teve.

Pesquisei sobre os sintomas dessa nova variante, a Ômicron, e eu estava praticamente com todos os sintomas.

Gabriel já se sentia melhor no segundo dia e Joana só ficou febril nesse mesmos 2 dias. Ufa! Pelo menos a nossa filha estava bem.

As dificuldades da semana

Mãe fica sempre apreensiva quando o filho está doente, muita das vezes a gente se anula e se faz necessário esquecer as nossas dores para que o nosso filho fique bem. Não é mesmo?

A maior dúvida era como seriam 10 dias em casa passando mal com uma doença que é nova, sem saber ao certo o que tomar e fazer. Eu amamento, como falei, e por isso até os remédios ficam restritos. Mas fomos consultados e a médica nos indicou dipirona e paracetamol somente isso e muito líquido.

Em dois dias já havíamos tomado 8 litros de água de coco e inúmeras garrafas de água. A hidratação estava em dia, mas aos poucos a gente sabia que tudo se resolveria, fizemos revezamento de tudo e o nosso lema nesses 10 dias foi: “Ninguém solta a mão de ninguém”. Quando meu marido estava mal eu me esforçava para fazer a comida e os afazeres básicos da casa e vice-versa. Além disso, tínhamos uma criança querendo brincar, como ela ficou agitada nesses dias. Acho que o fato da mãe estar em casa o dia todo também a deixava muito feliz, mas a mãe só queria ficar deitada dormindo o dia todo. Rsrs

Qual foi a solução encontrada por nós

Ficaremos 10 dias em casa e precisamos reagir pela nossa filha. A regra era, ela dormiu a gente dormia junto. Não importava o horário, normalmente quando ela dorme é a hora que a gente tira para fazer outras coisas, porém nesses dias não foi assim. Usamos o tempo das sonecas para descansar junto com ela.

Eu fiquei com uma sensação de cansaço diferente do comum e também a tontura, que foi a pior parte. Eu precisava ficar mais tempo deitada e desta forma o meu marido precisou usar toda a criatividade dele para que a Joana não me cobrasse tanto de estar junto.

Lembro de um dia em que eu estava me sentindo muito mal e ela queria brincar de cabeleireiro comigo, minha cabeça doendo e eu me sentindo muito mal, pois bem, tive que sentar e deixar ela mexer por pelo menos 5 minutos. Vida de mãe!

Brincadeiras que fizemos

Toda criança adora fazer parte das tarefas de casa, além de brincar com seus brinquedos.

Gabriel incluiu ela em todas as tarefas.  Todos os dias ele inventou uma nova receita para incluir ela, teve torta de limão, smoothie de morango, sucos de vários sabores, afinal a gente precisava beber muito líquido, e até churros ele fez deixando ela participar. Ela adorou!

Nas horas vagas da cozinha, ele montou piscina na sala para deixar ela se refrescar do calor e brincou com todos os brinquedos possíveis.

Aqui em casa como ele já tem costume de ficar com ela, inclusive na semana que vem ela vai entrar na creche, isso vou contar em um próximo post. Enquanto isso não acontece, a rotina dela e da casa é toda feita com ele, eles andam de bicicleta, vão ao parquinho e com essa quarentena, ficou difícil fazer tudo que eles faziam antes, então a alternativa era pensar no que tinha para fazer em casa.

Lidar com as frustrações da nossa filha

A Joana continua vivendo a fase da adolescência do bebê e confesso que essa fase é complicada para os pais também, saber lidar com a birra é muito difícil e ela está com a mania de bater também, devolver a sua insatisfação de alguma forma. Nessas horas o que a gente podia fazer? Precisávamos distrair ela e entender que para ela também estava sendo difícil ficar presa em casa, por várias vezes ela pediu para ir na rua, para andar de bicicleta só que ela não entende o “não poder” principalmente porque ela faz isso todos os dias. A gente precisava substituir as brincadeiras e entreter ela ao longo do dia de alguma forma.

Rotina da casa

Criamos uma nova rotina para ela, nessa rotina ela ajudava no café da manhã, a colocar a mesa do almoço e até lavar a louça. O restante do dia era de brincadeiras e estabelecemos um horário para tudo isso acabar.

E o sono como ficou?

Chegou a hora de dormir. Ela ajudava a recolher os brinquedos, tomava banho, jantava e estava pronta para dormir. Porém tivemos uns contratempos noturnos.

Eu li um artigo sobre Covid em crianças que dizia que a doença pode causar distúrbio do sono. De fato acho que foi um sintoma da Joana.

Ela estava dormindo cedo, até antes do horário de costume e acordou muitas vezes a noite. Algumas noites ela acordou por 6 vezes. Mamava e logo dormia, porém acordava mais do que o de costume e também aparecia no meu quarto assustada. Mas agora no final tudo voltou ao normal, ela está acordando como sempre foi, uma média de 3 vezes durante a noite.

Sobre as alegrias desses dias

Deixando de lado as dificuldades desta semana, vamos avaliar o que foi bom. Há muito tempo eu não tinha um convívio tão intenso com a minha filha. Quando ela tinha 3 meses começamos a pandemia e eu passei maior parte deste tempo em casa com ela e após o retorno presencial ao trabalho, o nosso tempo juntas ficou tão curto. Quantas novidades ela tem agora!

Aquela frase que somos espelho para nossos filhos é real e como ela me imita em tudo e faz tudo da mesma forma, o jeito de falar, de brincar, de responder, quantas novas frases ela tem formado e como ela sabe pedir tudo, desde água até avisar que está com sono e quer dormir.

Na última semana meu marido viajou e ficou 7 dias fora, aprendemos a viver muitas novas coisas juntas, minha mãe ficou em casa cuidando dela ao longo do dia e eu assumia nas horas em casa. Eu sentia que precisava de um momento família, afinal a gente tinha acabado de viver dezembro, que é um mês muito agitado, logo depois Gabriel viajou e na outra semana seria nosso aniversário de casamento, íamos usar essa data para descansar, porém foi exatamente nessa semana que descobrimos a Covid-19 e, tirando a parte dos desconfortos da doença, foi uma semana incrível de aprendizado, descanso e principalmente de entendermos o quanto é legal a gente estar junto. Brincar com nossa filha é ver ela crescendo não tem valor nenhum, é demais!

Finalizamos os 10 dias

Eu sou sempre muito otimista e acredito muito que tudo na vida tem propósito e que Deus sabe de todas as coisas, por isso, eu pensei, preciso aproveitar esses 10 dias de alguma forma, mesmo com todos esses desconfortos. Aproveitei a minha filha, meu marido e meu cachorro! Curtimos assistir série juntos, o que não fazíamos a muito tempo e aprendemos muito sobre o que é ser família de verdade.

Hoje acabo a minha quarentena renovada, feliz e muito motivada a viver os dias me alegrando com a minha família e valorizando ainda mais estar com eles.

E você, já passou pela Covid-19? Conta pra gente!

Continue acompanhando o nosso blog temos muitas dicas legais de como criar, cuidar e estar com os nossos filhos.