O papel do pai na vida do bebê

Nossa filha Joana fez 2 anos no último dia 20 de outubro e hoje meu texto vai falar sobre o pai dela, o Gabriel! Sobre a participação dele em todas as fases da vida da nossa filha.

Quando engravidamos o mundo era todo novo para os dois. A certeza que nós tínhamos era que o Gabriel faria parte de todos os momentos, e assim seguimos.

Vamos conversar sobre qual é o papel do pai, como ele participa na criação dos filhos e as tarefas que ele exerce nos cuidados diários.

Na gestação

O período da gestação é um período muito delicado para a mulher, e o seu companheiro precisa entender as fases junto com ela, participando dos exames e das consultas. Isso tudo é muito importante para que o casal passe e viva todas as fases juntos, como deve ser um casal.

Acho relevante falar que desde a gestação é importante a participação do pai, e até de uma rede de apoio que envolve mais pessoas, preparando assim para quando o bebê chegar. Negligenciando a fase da gestação, quando o bebê estiver presente, o impacto será muito grande.

A mulher tem a tarefa de passar o período da gestação, carregar o bebê e viver todas as alegrias e dificuldades desta fase. O papel do pai é ser o suporte dela. Muita das vezes o sono da mãe é absurdo e compete ao pai ajudar nas tarefas para que a mulher descanse, assim como na fase dos enjoos, o novo papai precisa compreender que tudo é uma fase, que vai passar e que não é fácil nem para ele e nem para a mãe.

No nosso caso, Gabriel não faltou nenhuma consulta do pré-natal, nem exames, participou de todos e fez perguntas também, essa participação sempre me fazia bem e me dava segurança.

No parto

Durante o parto a mulher faz todo o trabalho pesado, por assim dizer. Ela sente as dores, as contrações e passa por períodos de medo e ansiedade. Eu lembro que quando a minha bolsa estourou o nervosismo do “é agora” bateu e gerou uma ansiedade misturada com medo e pânico. Em contrapartida, eu tive um companheiro do lado que segurou a minha mão e disse que estaria junto comigo nessa hora!

Durante todo o trabalho de parto ele me olhava com aquele olhar de “estou aqui”. Esse é o papel do pai, ser companheiro. O pai jamais pode achar ou dar a entender que isso tudo não passa de uma frescura, ou que a mulher está sendo dramática. Não compete a mais ninguém, além da mulher entender a dor que está vivendo. O pai só precisa compreender e apoiar.

É papel do pai também, durante o parto, garantir os direitos da mulher, dar entrada no hospital e acompanhar as burocracias desse momento.

O mais importante na fase do parto, e lembro que foi fundamental para me acalmar nesse momento, foi o fato do Gabriel me dar a mão e demonstrar o amor que sentia por mim e também pela nossa filha.

Cuidados na maternidade

O primeiro cuidado com o bebê requer muita atenção É claro que enquanto estamos no hospital temos todo o aparato médico e das enfermeiras, mas o pós-parto para a mulher é ainda mais desafiador, em especial para aquelas que tiveram o parto Cesárea, que necessitam de descanso e repouso. Nesse momento, é a hora do novo papai estar atento as instruções dadas pelas enfermeiras. É papel do papai acompanhar o bebê nos testes e exames que podem ser feitos depois.

Na maternidade que fiquei, as consultas com pediatra eram feitas no berçário e era obrigatório a presença do pai. Enquanto isso eu fiquei de repouso, mesmo tendo realizado um parto normal. Logo que saímos da sala de parto depois da “Hora de ouro – Golden hour” fui levada para o quarto e Gabriel acompanhou a Joana no berçário para fazer todos os testes e exames necessários nas primeiras horas de vida.

Primeiros cuidados com o bebê e a participação do pai

Após a saída da maternidade e a chegada em casa, começa o maior desafio da maternidade. São muitas coisas a serem feitas: lidar com um bebê (em especial para os papais de primeira viagem), amamentação, puerpério, cuidados com os pontos (caso você tenha tomado) além de se cuidar e cuidar dos afazeres da casa. Isso tudo sem ajuda dos enfermeiros e médicos da maternidade.

Como sempre falo nos meus textos, tenha uma rede de apoio nessa hora, não hesite em pedir ajuda! É necessário. Porém o trabalho da mãe e do pai é o principal trabalho.

O papel do pai neste momento é de trocar a fralda, dar o banho, limpar o umbigo. Também é função do pai colocar o bebê para arrotar, por o bebê para dormir, além do que ele pode e deve oferecer água para a mãe, cuidar da casa e também preparar a comida! Sim, todas essas tarefas podem ser executadas pelo pai.

A mãe que amamenta em livre demanda, o que é bastante cansativo e inclui noites mal dormidas, será muito exigida. A mãe precisa cuidar do seu corpo, que está voltando aos poucos, ela precisa lidar com os hormônios e ainda com as dificuldades do puerpério.

As tarefas divididas e compartilhadas não sobrecarregam nenhum dos dois.

Nossa experiência e rotina

Como já compartilhei em outro texto, Gabriel fica em casa por ser aposentado devido problemas de saúde que ele teve alguns anos atrás. Isso faz com que os afazeres da casa e dos cuidados da nossa filha enquanto eu saio para trabalhar sejam dele.

Hoje eu preciso falar do companheiro que tenho ao meu lado, que participa de todas as fases da nossa filha, desde o nascimento. Nos primeiros cuidados ele dava banho, trocava fralda e, sim, levava água para mim sempre quando eu estava amamentando.

A Joana cresceu e eu voltei a trabalhar presencialmente. Apesar da vontade de colocar ela em uma creche, ainda não o fizemos porque estamos pesquisando, conhecendo e também vendo qual se encaixa no perfil que buscamos para a nossa filha.

Enquanto a Joana não está na creche, os cuidados diários estão ficando por conta do pai. Hoje o dia a dia da nossa filha é com ele. A comida, os afazeres da casa, as brincadeiras e todos os outros cuidados estão sendo feitos por ele. Eu fico com a parte matinal, antes do meu horário de trabalho, que estou em casa e com a parte noturna, quando chego do trabalho. Isso inclui brincar, dar a janta e colocar pra dormir.

Sobre nossa rotina

A rotina é pesada e cansativa. Não é fácil cuidar de uma criança que pede e necessita de atenção o dia todo. Porém também não é fácil trabalhar o dia todo e ainda ter a rotina com a filha quando chego em casa.

Muitas pessoas negligenciam o trabalho de casa, achando que as pessoas que ficam em casa estão sem fazer nada. Mas a verdade é que é um trabalho árduo. Sabemos que os primeiros anos dos bebês são de grande relevância para os anos futuros, tanto no sentido de preferências alimentares quanto ao desenvolvimento deles.

Mas o que sempre conversamos aqui em casa é que se a gente se ajudar, dividir e compartilhar as nossas necessidades nos cuidados com a nossa filha tudo flui e não sobrecarrega ninguém.

O papel do pai na criação dos filhos

Parece muito tranquilo quando escrevo e falo sobre a nossa rotina com a Joana, mas acredite, não é! Os cuidados com um bebê são intensos, a rotina é bastante cansativa. Mas o que eu tenho o costume de falar é que participando que vamos moldando e ensinando a nossa filha a dividir tarefas, a compartilhar e ser uma pessoa boa e educada com as pessoas.

Entendo que nem todos os papais podem estar tão presentes assim no dia a dia como o Gabriel. A ideia que eu quero passar com este texto é que o tempo que temos para aproveitar e ajudar nas tarefas com os nossos filhos, é preciso ser aproveitado! Cansa e na maioria das vezes a gente quer pular fora, porém é necessário para o futuro dos nossos filhos e importante para que eles cresçam com a referência dos pais presentes na infância.

Entender o nosso papel, e não culpar e nem achar que é dever do outro, é o que faz as coisas fluírem sem causar atritos e conflitos entre o casal.

E você papai? Tem participado das tarefas do seu filho? Você é o tipo de pai que brinca com o seu bebê?