Motivos para não automedicar o seu filho sem prescrição médica

Olá, papais! Hoje vamos conversar sobre um assunto muito importante, os motivos para não automedicar o seu filho sem prescrição médica. São muitos os riscos que a automedicação sem prescrição médica trazem, entretanto é bastante comum que pessoas insistam em administrar medicamentos sem que o médico pediatra recomende ou que se faça necessário.

Ocasionalmente nossas crianças podem ter algo como uma simples dor de cabeça, entretanto essa dor de cabeça pode estar escondendo algo maior. São em momentos como esses que damos remédios aos nossos filhos sem prescrição médica e que podem ser ainda mais prejudiciais.

“De médico e louco todo mundo tem um pouco”, é o que diz o ditado. Mas, será mesmo que podemos arriscar dar um remédio para a criança, sendo que muitas vezes ela não sabe expressar o que está sentindo?

Vamos conversar sobre isso e muito mais hoje!

O que é automedicação e seus riscos

Automedicação é a prática de tomar remédios sem prescrição médica, ou seja, sem avaliação médica. Neste caso essa automedicação pode ser por indicação de amigos ou no caso das crianças, os próprios pais considerem propício para o momento.

Essa automedicação acontece a fim de melhorar ou pelo menos aliviar sintomas que estão causando algum desconforto. Porém é muito comum que as pessoas não respeitem a dosagem ou intervalo entre elas e, por isso, pode acabar prejudicando a própria saúde ou, no nosso caso, a vida no nosso filho.

Automedicação em crianças

Remédios sempre devem estar longe do alcance das crianças e não devem ser manuseados por elas. Por isso, normalmente as pessoas que medicam as crianças costumam ser seus próprios pais ou cuidadores.

Claro que a intenção ao medicar uma criança, ainda que sem a prescrição médica, é a melhor possível. A ideia é aliviar os desconfortos que nossos pequenos estão sentindo, como em casos de febre, gases, gripes e outras dores.

Nenhuma mamãe gosta de ver seu filho passando mal, e isso pode gerar um nervosismo em nós. Ver a criança chorando muito, com o nariz entupido, com coriza, nos preocupa e nos faz querer agir para ver os nossos pequenos bem. Ver os nossos filhos assim não é nada fácil e nem sempre as mamães pensam em levar ao pronto socorro de imediato.

Hoje em dia é possível ter acesso aos pediatras de forma on-line, sendo assim possível ter uma ótima saída para não automedicar o seu filho sem prescrição ou conhecimento médico.

Quais são os perigos de automedicar o seu filho sem prescrição médica

O ato de se medicar sem consentimento médico pode ser muito perigoso a saúde.

As crianças são muito pequenas e podem confundir os sintomas que estão sentindo ou não saber expressar o que de fato está acontecendo. Em especial os bebês que ainda não sabem falar e se expressam através do choro.

Vamos falar quais os principais riscos de automedicação em crianças.

Mascarar doenças mais sérias

Existem diversos sintomas que são comuns a várias doenças, bem como podem ser algo isolado, como uma dor de cabeça. As pessoas costumam identificar esses sintomas e tratá-los como algo simples, quando na verdade pode ser algo maior.

Os anti-inflamatórios são medicamentos que muita das vezes não tratam causas e sim sintomas. Quando as crianças estiverem com dor de garganta ou alguma outra inflamação, é preciso tomar bastante cuidado para não medicar errado e mascarar alguma doença.

Esses medicamentos podem mascarar uma inflamação mais séria e atrasar o tratamento correto em casos mais graves. A infecção que poderia ser tratada rapidamente pode demorar ainda mais para ser diagnosticada e isso pode ser ainda pior para o nosso filho.

Os anti-inflamatórios, por exemplo, são medicamentos que podem causar uma sobrecarga no fígado, rins além de alergias.

Antibióticos e resistência bacteriana na automedicação sem prescrição médica

Os antibióticos, quando são usados de forma indevida, criam uma resistência a bactéria. O uso indevido e excessivo dos antibióticos pode fazer com que as bactérias sofram alterações que levam ao surgimento de superbactérias. As superbactérias são ainda mais resistentes.

Essas superbactérias são chamadas de cepas, e com o surgimento delas o resultado é um tratamento ainda mais difícil por conta de toda a resistência que o organismo desenvolveu.

Hoje em dia o uso indevido de antibióticos se tornou um grande problema para a saúde da nossa sociedade, principalmente em nosso país.

Este uso indevido de antibióticos é motivo até de crianças e adultos permanecerem internados em hospitais, bem como a morte de algumas pessoas que não conseguem se tratar.

Interação medicamentosa em crianças

A Interação medicamentosa é quando os efeitos de um remédio são alterados pela presença de outro medicamento. Essa interação interfere potencializando a ação de outras substâncias, fazendo com que o medicamento perca o seu efeito.

As crianças mais afetadas são as com múltiplas doenças, com disfunção renal ou hepática e também aqueles que fazem uso de muitos medicamentos. Elas são as mais suscetíveis a terem problemas relacionados a interação medicamentosa. Os portadores de doenças autoimunes são os que correm mais riscos.

Intoxicações causadas pela automedicação sem prescrição médica

Os remédios possuem uma dosagem correta para cada criança e, caso elas não sejam feitas de forma correta, podem provocar intoxicações. Além disso, se a dosagem for menor pode não ser suficiente para tratar a causa do problema.

Por conta da cor que o remédio pode ter, muitos casos de intoxicação pode acontecer, já que a cor atrai as crianças. O ideal é que os pais evitem deixar esses medicamentos em locais que a criança consiga pegar.

É comum que crianças rejeitem o remédio, com isso os pais se esforçam para fazê-los tomar. Entretanto, ao dar um remédio para a criança, nunca fale para o seu filho que está dando uma balinha, ou que é gostoso como um doce. O perigo de falar coisas assim para a criança é que ela pode associar e acabar comendo um remédio achado pela casa como se fosse um simples doce.

Desconhecimento de sintomas

É bem possível que a criança fale os sintomas que está sentindo e o responsável interprete de forma diferente. A criança pode falar que está com determinado sintoma e a mãe associar com alguma doença, o que fará que a criança seja medicada de forma incorreta.

As consequências de um tratamento incorreto pode agravar o quadro de saúde da criança. Os medicamentos que são usados para uso contra bactérias não são os mesmos usados contra vírus. Com isso as Infecções virais acabam sendo tratadas com antibióticos.

Hemorragias causadas pela automedicação sem prescrição médica

O uso indevido de medicamentos em crianças podem causar hemorragias, principalmente em bebês já que eles possuem o estômago bem sensível. Alguns remédios que consideramos inofensivos podem causar hemorragia digestiva e outros sangramentos.

Importância das consultas ao pediatra

O pediatra é muito importante na vida dos nossos filhos. A importância deles é tanto para prescrever remédios quando os nossos filhos estão com alguma doença e desconforto quanto para examinar e pedir exames de rotina para sempre garantir a boa saúde dos pequenos e que determinadas doenças não cheguem até eles.

Exames feitos previamente fazem com que algumas doenças sejam diagnosticadas e medicadas em melhores condições. Quanto mais cedo uma doença é descoberta, melhor é. Não deixe de levar o seu filho ao pediatra. É muito importante que ele faça parte da rotina do seu filho.

Além de tratar doenças o pediatra faz o acompanhamento do desenvolvimento do nosso filho. Além disso, é nas consultas com o pediatra que os pais tiram todas as dúvidas sobre diversos assuntos como doenças, alimentação, sono e até mesmo educação dos filhos.

Quando levar o filho ao pediatra

As consultas regulares vão garantir que a criança se desenvolva melhor. O número de visitas ao pediatra vai depender da idade da criança, contudo o pediatra pode pedir que vocês voltem antes do tempo normal.

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) indica que as crianças frequentem o pediatra da seguinte forma:

  • Nos primeiros dias de vida ele frequente 3 vezes ao mês, com 5, 15 e 30 dias.
  • 2 aos 6 meses – 1 vez por mês
  • A partir dos 7 meses – 1 vez a cada dois meses
  • Após os dois anos – 1 vez a cada 3 meses
  • Com 6 anos a consulta deverá ser 1 vez por semestre
  • Dos 7 aos 18 anos –  1 vez por ano já é o suficiente

Antes de medicar o seu filho, esteja sempre de acordo com o pediatra dele. Fazendo assim, você saberá que está agindo de forma correta e segura, além de cuidando muito bem do seu filho.

E por ai, como vocês lidam quando a criança está se sentindo mal? Procuram por uma emergência, ligam para o pediatra ou tentam automedicar a criança primeiro?

Vocês já tiveram alguma experiência ruim com medicamentos?

Se você já fez alguma consulta on-line, conte também para a gente como foi!