Birra e pirraça do seu filho, como lidar?

Esse assunto é o meu assunto do momento, duas coisas que eu ando falando muito ultimamente sobre a maternidade, como lidar com as birras e como desmamar, meu Google já pesquisa sozinho sobre esses assuntos de tanto que estou preocupada e tentando entender como funciona, o desmame falamos em um outro post, hoje vamos conversar sobre as birras?

A maternidade sempre foi desafiadora para mim e acho que no geral, ela é desafiadora para todas as mães, você pode passar por algumas fases mais tranquilas e outras nem tanto, mas cada mamãe passa por uma fase que para mim pode ter sido fácil mas para outras foi a pior fase de todas.

A pirraça e a birra dos bebês acho que todas as mamães em algum momento chegam nessa fase e ela é complicada e desafiadora. Os saltos de desenvolvimento ficam até pequenos diante das birras.

Tudo começa quando a criança normalmente quer alguma coisa que não pode ou recebe um “não” por estar fazendo algo e tudo vira um caos em segundos, isso pode acontecer em casa, na rua, na escola ou em qualquer lugar, na frente das pessoas ou sozinho com você.

 

O que é a birra?

De acordo com o nosso dicionário é o ato ou disposição de insistir obstinadamente em um comportamento ou de não mudar de ideia ou opinião; teima, teimosia. Sentimento ou demonstração de aversão ou antipatia, quando renitente e motivado por algum capricho, paixão ou suscetibilidade.

É através das birras, que são muito comuns em bebês e crianças pequenas, que as crianças enfrentam as suas emoções e muita das vezes os pais e mães não compreendem como de fato isso é formado nos nossos filhos.

Como buscar ajuda

Todo mundo já passou por uma experiência de birra ou pirraça, pode ter sido com você ou com alguém que você viu em algum lugar. O primeiro pensamento que vem para quem não é pai ou mãe é: “ Se fosse meu filho não faria isso? ”  E o pensamento dos pais normalmente é: “ O que eu faço para mudar isso?

No meu caso, tenho pesando muito sobre o que tenho feito de errado ou o que eu preciso fazer e a resposta normalmente não vem. Aí você começa a busca por ajuda e nós temos dois tipos de ajuda, a ajuda dos mais antigos que no geral te julgam e a culpa vira sua sempre pois você mima demais o seu filho ou a ajuda de pediatras que desmistificam tudo isso e aconselham agir de forma completamente diferente, pois então, o que fazer?

Ignorar o seu filho é a solução? Ou será que devemos dar atenção?

 

Eu tenho tentado manter um padrão de pensamentos como: “ Não vou me estressar”, “ Vou ter calma”, “Vai passar”, “É só uma fase”…

A minha filha sempre foi o que chamamos de geniosa. Desde que ela nasceu sempre teve suas vontades em evidência, sendo tomando banho, trocando fralda ou até brincando. Agora que ela já vai fazer 2 anos ela começou a entender que quando ela chora, ela ganha, digamos assim, mas a gente não pode ceder tudo e nem sempre funciona ignorar ou brigar mais, isso gera um estresse absurdo para o nosso filho e para a gente também.

É muito importante a gente entender que a birra faz parte do crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos e a partir disso, você pode ter algumas atitudes e pensamentos para torná-las menos frequentes e ser menos dolorosa para ambos (você e o seu filho).

O que podemos fazer para amenizar as birras ou reduzi-las

Ter uma rotina de sonecas e descanso fazem com o que o seu filho fique menos estimulado.  Criança muito estimulada gera o efeito vulcânico, que é um nível de estresse altíssimo, em que a criança não consegue controlar os seus impulsos.

Se o seu filho já tem um histórico de birras e pirraças em determinados lugares ou horários, antecipe-se, mude a rota, tente pensar em como agir naquele determinado lugar. Por exemplo: A Joana está começando a frequentar o parquinho próximo da nossa casa e já entende que aquele lugar é divertido e legal, se a gente passar em frente ela vai pedir para ir, se nesse caso a gente estiver com pressa, porque não tentar passar por outro lugar? Caso não tenha essa opção e necessariamente você precisar passar, tente conversar com seu filho antes dizendo que hoje vocês não poderão brincar e já deixe marcado o dia.

Nem sempre funciona! Mas se você começar a conversar, o seu filho certamente entenderá, pode não ser de primeira, mas ele em algum momento vai entender. É um trabalho de paciência e persistência.

Rotinas e brincadeiras

Crie sempre uma rotina de brincadeiras com seu filho. Nem sempre é fácil com a correria do dia a dia, eu por exemplo, chego em casa cansada demais, estou vivendo uma rotina bem intensa de trabalho, acordando cedo e sem parar mas tenho me comprometido em estar com a Joana em algum momento, nem que esse momento seja na hora de dormir, em que paro para contar uma historinha ou brinco com ela de mostrar as partes do corpo.

Quando a brincadeira vem antes da hora de dormir, eu tento sentar no chão e pintar com ela, no caso da Joana ela adora pintar, então quando eu falo para ela que vamos pintar ela logo se anima e esse momento vira um momento de muita alegria para nós duas, desta forma, ela normalmente fica mais calma e a possibilidade de ela não fazer uma birra é enorme. Nem sempre eu consigo manter essa rotina, mas eu tento e quando consigo é um momento ótimo para as duas.

Não chantageie o seu filho

Evitar ao máximo trocar, ameaçar ou chantagear com algo, esse tem sido o meu maior desafio com a Joana. Nessa correria doida que é a nossa vida, muita das vezes a birra acontece quando você está resolvendo algo, lavando a louça, trabalhando ou até mesmo comendo e nesse momento você não quer parar para atender a demanda do seu filho e a moeda de troca é o que acontece nessa hora, como por exemplo, oferecer algo em troca do que ele tá pedindo, no meu caso, a Joana pede muito colo ainda, ou peito e essas coisas a gente não consegue fazer mais nada, temos que nos dedicar somente a isto.

Nessa hora eu sinto que é o meu ponto fraco e que preciso melhorar pois o ideal é não ceder para que  o seu filho fica o tempo todo achando que aquela pirraça funciona pois ele ganha algo em troca com ela. Se controle para que tudo fique bem

Não perder o seu controle! Normalmente o estresse que determinadas situações geram em nós faz com que a gente grite, brigue ou tenha atitudes mais impulsivas e isso não é legal nem para a criança e nem para os pais.

Converse com o seu filho

Conversar com o seu filho é o que mais vai funcionar mesmo que em determinados momentos pareça que não. A Joana quando eu grito com ela reage gritando ainda mais alto e acontece do estresse dela ser tão grande que ela reage me batendo ou beliscando. Nessa hora eu piro pois fico sem ação, sem saber o que fazer e já percebi que nenhuma atitude mais drástica que eu faça resolve e pelo contrário, só piora!

Quando ela me bate ou me belisca eu fico mais séria e falo firme com ela: “você bateu na mamãe? ” Isso pode parecer que não mas funciona, pois na hora ela me dá um beijo como forma de desculpa. É claro que todas as vezes que ela quer fazer de novo ela faz, mas é aí que entra a conversa de explicar que o que ela fez foi errado, é difícil e como diz o dito trabalho de formiguinha, mas quem disse que educar é fácil? É perseverança, conversa, muito carinho e amor.

Respeitar e entender

Respeitar o ritmo dos nossos filhos é primordial para evitar birras, pirraças e frustrações. Conversa ainda é a melhor opção, brigar e bater não vão adiantar, castiga-los de forma física não será a solução. Essa tarefa tem sido, como iniciei o texto, umas das mais difíceis desde que virei mãe. Não tem sido fácil lidar com as pirraças, principalmente aquela em público, onde todos olham para você e mentalmente te julgam. Sinto que diariamente eu preciso melhorar. E essa tarefa é tão árdua, os nossos filhos normalmente esquecem e fica tudo bem.

 

Cansaço do dia a dia e a birra

Essa semana, eu gritei com a Joana porque ela não queria tomar banho e já estava com muito sono, precisei pegar ela mais firme para trocar a fralda e ao mesmo tempo que eu precisava fazer isso, ela chorava muito e alto. No final eu estava esgotada, chorando e cansada. Quando consegui trocar a fralda dela e colocar a roupa eu dei peito, ela acalmou e dormiu. Como me senti culpada vendo ela dormir tão entregue. Eu precisei ser firme naquele momento. Entendo que foi a atitude mais necessária, mas isso não me fez deixar de sentir culpa.

Dormimos em paz! No dia seguinte acordamos as duas com aquele sorriso. Prontas para começarmos mais um dia de muito trabalho e diversão para ela.

Como sempre gosto de falar, a vida de mãe é muito desafiadora, mas também é muito prazerosa! E assim seguimos aprendendo e contando nossas experiências.

Você tem passado por essa fase de birra ou já passou? Conta pra gente como foi e tem sido, assim podemos ajudar outras mamães com nossos conselhos.